sexta-feira, 10 de agosto de 2012

100 Anos de Jorge Amado

100 Anos de Jorge Amado


“A sorte me acompanha, tenho corpo fechado à inveja, a intriga não me amarra os pés, sou imune ao mau-olhado...”.

Jorge Amado
(1912 - 2001)

Jorge Leal Amado de Faria (Itabuna, 10 de agosto de 1912  Salvador, 6 de agosto de2001) foi um dos mais famosos e traduzidos escritores brasileiros de todos os tempos.
Ele é o autor mais adaptado da televisão brasileira, verdadeiros sucessos como Tieta do Agreste, Gabriela, Cravo e Canela e Teresa Batista Cansada de Guerra são criações suas, além de Dona Flor e Seus Dois Maridos e Tenda dos Milagres. A obra literária de Jorge Amado conheceu inúmeras adaptações para cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de escolas de samba por todo o Brasil. Seus livros foram traduzidos em 55 países, em 49 idiomas, existindo também exemplares em braille e em fitas gravadas para cegos.
Amado foi superado, em número de vendas, apenas por Paulo Coelho mas, em seu estilo - o romance ficcional -, não há paralelo no Brasil. Em 1994 viu sua obra ser reconhecida com o Prêmio Camões.


Jorge Amado e Zélia Gattai
Saiba mais:


 Logo que um novato entrava para os Capitães da Areia formava logo uma ideia ruim de Sem-Pernas. Porque ele logo botava um apelido, ria de um gesto, de uma frase do novato. Ridicularizava tudo. Era dos que mais brigavam. Tinha mesmo uma fama de malvado. Muitos do grupo não gostavam dele, mas aqueles que passavam por cima de tudo e se faziam seus amigos diziam que ele era um "sujeito bom". No mais fundo de seu coração ele tinha pena da desgraça de todos. E rindo, e ridicularizando, era que fugia da sua desgraça. Era como um remédio. No rosto do que rezava ia uma exaltação, qualquer coisa que ao primeiro momento o Sem-Pernas pensou que fosse alegria ou felicidade. Mas fitou o rosto do outro e achou que era uma expressão que não sabia definir. E pensou, contraindo seu rosto pequeno, que talvez por isso ele nunca tenha pensado em rezar, em se voltar para o céu. O que ele queria era fugir da sua angústia, que estrangulava. Mas o Sem-Pernas não compreendia que aquilo pudesse bastar. Ele queria uma coisa imediata, uma coisa que pusesse seu rosto sorridente e alegre, que o livrasse da necessidade de rir de todos e rir de tudo. Que o livrasse também daquela angústia, daquela vontade de chorar que o tomava nas noites de inverno. No bando, não tardou a se destacar porque sabia como ninguém como afetar a dor." (Trecho do livro Capitães da Areia, 1937)


6 comentários:

  1. aew q blog legal é a primeira vez e eu entro mas achei muuuuiiito bom vou entrar muito ainda nele!!!

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  2. Obrigada Juan!!!
    É para entrar, mesmo! Fico feliz!
    Aproveita e "segue" o blog também!

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  3. achei muiiiito legal e me ajudou bastante

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    1. Obrigada Lívia!
      Que bom que está ajudando! Esse é o objetivo. Fico feliz ;)

      Beijo!!!

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  4. Carol o blog ficou muito legal e como a Lívia disse me ajudou muito também

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