quarta-feira, 12 de junho de 2013

Poema Lírico

No 1º trimestre, os alunos dos 8º e 9º anos foram desafiados a produzir um poema lírico. Difícil foi escolher, dentre tantas obras de arte, alguns para colocar neste espaço. Portanto, segue apenas uma amostra das preciosidades que eles elaboraram!



Meu precioso judô


Minha casa é como um tatame,
dentro de um espaço público,
aparentemente mal conservado,
e que se destrói lentamente com o tempo.
Minha casa tem ventiladores que não refrescam,
Principalmente à tarde,
quando o kimono suado
extermina minha resistência.
Minha casa tem um tatame que não é de última tecnologia,
coberto por uma lona; mas esse tatame
amorteceu minhas derrotas e enxugou minhas lágrimas,
torceu meu pé, quebrou meus dedinhos,
ralou meu rosto e recebeu meu sangue,
é lá, nesse lugar, que cresço e esqueço
meus rótulos, seja de filho, irmão ou estudante,
e lá são amortecidas minhas quedas, por lições de coragem,
de não desistir e de bravura,
de jamais deixar de tentar cada golpe.
Porque é nesse tatame sujo, de lona e calor,
que me sinto muito mais eu...
Obrigado judô.


(8º Ano)





Sou chapeleiro
maluco de fato
maluco por ela
ela é a ave, eu sou o gato.

Ela sim, Ela Alice
que viaja para meu mundo
todas as vezes conduzida
pelo coelho vagabundo.

Já parou para pensar
que é uma coisa engraçada
coisa sem forma, sem cheiro
com gosto de nada.

E lá caminha sem jeito
por caminhos errados
olhares perdidos
para armários fechados.

Meu coração
foi nesse armário que guardei
para impedi-la de o pegar
mas novamente falhei.

Uma garota esplêndida
com uma recente novidade
não é mais menina, é mulher
já tem idade.

Minha bela ave
para sempre vai ser
mesmo que nunca saiba
pois estou prestes a morrer.

(9º Ano)




Pensando

Ponho-me a escrever teu nome
em minha cabeça,
em meu coração.

Às vezes, penso que vou perdê-lo
e começo a lacrimejar.
Mas então, lembro-me de nossos bons momentos
e parto a viajar.

E o perfume que você passa... Ah!
me leva ao paraíso
e quando você se afasta, me sinto quase caindo.

Nem posso me esquecer de seu sorriso
tão fofo e simpático
muito carismático.

Adoro o jeito que me olha,
com muito carinho
de um grande amigo.

Agradeço por ter aparecido em minha vida
você faz grande diferença
gosto muito de sua presença.

O destino nos juntou
e ele fez certo,
pois sabia
que seríamos grandes amigos
e dividiríamos grandes momentos.

Te amo!


(8º Ano)


Saudade

Sentir no peito,
no coração,
ter a distância
da imensidão.

A falta de ter,
a falta de ser,
a falta de ver.

Não sei direito...
se é amor,
mas sei que sinto
no interior.

Nada que deva se abrir,
muito menos
se repetir.

Apenas ter,
apenas ser,
apenas ver.

Apenas saudade...

(9º Ano)


Escuridão


A escuridão não pode expulsar a escuridão
só a luz pode fazer isso.
O ódio não pode expulsar o ódio
só o amor pode fazer isso.
Podemos perdoar uma criança que tem
medo da escuridão.
Para elas é tão fácil dizer não.
O problema é quando os homens
têm medo da luz própria.
Mesmo que ela seja tão imprópria!

(8º Ano)


Fantásticas Borboletas

Amor é fogo que arde sem se ver,
É ferida que dói e não se sente
É uma felicidade repentina
Que nos serve juntamente com a magia
São borboletas no estômago.

Emoções opostas que se unem
E te confundem internamente.

E que atire a primeira pedra
Quem nunca viu,
Ouviu
E principalmente sentiu
As mudanças de humor,
O encantamento sem motivo
Tudo isso é amor.

Sorte aqueles que nunca sentiram?
Talvez.
Mas mais sortudos ainda
Os que já conheceram
As fantásticas borboletas.

(9º Ano)




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